Desserviço ao consumidor na Netflix – dados impactantes
Por Viviane Mendes
House of cards, Stranger Things, Orange is the New Black, Black Mirror, Sense8, essas foram algumas das séries mais vistas da Netflix em 2019, informação divulgada pela empresa. Num momento em que o mundo vive inúmeras crises, guerras, terrorismos de estado, corrupções, economia em colapso, aumento da camada de ozônio, alterações do clima, doenças e tantos outros problemas sociais que impactam a todos é um tanto estranho ver que este tipo de conteúdo tem se sobressaído frente a outros que alertam sobre o atual cenário de crises.
Minha indignação a esse respeito se dá pelo simples fato de ver que a Netflix tem produzido excelente conteúdo de importância social, porém, não divulga na mesma proporção que as séries veneradas pelo público. Como profissional da área entendo que o consumo desses gêneros (por parte do público) é o termômetro para medir a audiência dos produtos ofertados e assim gerar renda, afinal a Netflix é uma empresa como qualquer outra, tem seus gastos, funcionários e contas para pagar. Porém, também vejo que, por ser uma empresa com grande alcance mundial e ciente dos problemas que o planeta vive, deveria divulgar, com o mesmo fervor e na mesma proporção, as produções com caráter de prestação de serviço.
Se a empresa utiliza a imagem da apresentadora Xuxa Meneguel, que é uma personalidade com grande poder de influência e uma grande apoiadora de causas sociais, para divulgar um de seus produtos como na estratégia de lançamento de uma das temporadas de Stranger Things, na qual a imagem da apresentadora é utilizada para falar sobre o desaparecimento de um “baixinho”, com o título; Stranger Things – e o baixinho que sumiu, porque a mesma estratégia de divulgação não foi feita, por exemplo, com a série Broken? Não necessariamente com a apresentadora (que, aliás vive se posicionando a favor de temas que envolvem defesa de crianças, animais, preservação da natureza, etc.), mas com qualquer coisa personalidade com poder de influência.
Stranger Things - Xuxa e o baixinho que sumiu
Desserviço ao consumidor
Uma das séries de documentários que mais me chama a atenção no catálogo de conteúdo da provedora de serviço streaming é Broken (em português – Desserviço ao consumidor). A série, registrada pela Netflix com o gênero documentário sociocultural, mostra as consequências graves que a propaganda enganosa e a negligência na produção de produtos populares podem causar na sociedade. Lançada em 2019, até o momento a série apresentou uma temporada com 4 episódios.
Episódio 1 – Mundo dos cosméticos.
Sinopse: Influencers e estratégias de marketing criam uma sensação de urgência, levando a um mercado de produtos falsificados, contaminados com bactérias, arsênico ou coisa pior.
Episódio 2 – Febre do Vape.
Sinopse: O cigarro eletrônico, criado para adultos, está fazendo com que muitos adolescentes fiquem viciados em nicotina. Quem ganha com isso é a indústria do tabaco.
Episódio 3 – Moveis imortais.
Sinopse: Fabricantes de móveis descartáveis, como a Ikea, usam uma fachada de sustentabilidade para esconder danos ao meio ambiente e produtos tão frágeis que podem até matar.
Episódio 4 – A farsa da reciclagem.
Sinopse: as grandes corporações vendem produtos descartáveis de plástico como se fossem recicláveis. Mas, a maior parte termina em aterros ou em praias do sudeste asiático.
Trailer: Broken | These Consumer Goods Come At A Price
Sirene ligada – números que impactam
Sem querer dar spoiler, este é o tipo de conteúdo que deveria chegar facilmente aos olhares do público, pois, se trata de assuntos que afetam a toda sociedade. O primeiro episódio, por exemplo, aborda a questão a produção de maquiagem, produto consumido por milhares de pessoas no mundo todo, uma indústria em alta, avaliada em cerca de 445 bilhões de dólares e que, segundo estimativas, vai chegar a aproximadamente 80 bilhões nos próximos cinco anos, um fortalecimento gerado com a revolução das mídias sociais.
Milhares de cosméticos falsificados (maioria produzidos na China em laboratórios clandestinos) são produzidos no mundo e chegam ao consumidor. De acordo com especialistas ouvidos no documentário, testes revelaram que esses produtos deram positivo para cancerígenos conhecidos e apresentam níveis altos de fezes de animais (ratos) e urina de cavalos, a maioria vendidos pela internet. Sem contar nos animais que são utilizados para testes. Aí pergunto, onde estão os “defensores de animais” que não divulgam este tipo de conteúdo? Onde está a estratégia de divulgação dessa série que é de extrema importância à sociedade? Lembrando que é grande o número de influenciadoras que atuam no segmento de maquiagem e muitas defendem causas animais.
Na mesma medida o episódio 4 “A farsa da reciclagem”, reúne números alarmantes no que diz respeito às toneladas de lixos “reciclados” no mundo. O documentário mostra a crise global que vivemos, indicando que até 2050 vai ter mais micro plástico no oceano do que peixe e a promessa de que resolveriam o problema da poluição com a reciclagem é falsa. A indústria do plástico é uma enganação. Trata-se de uma fonte de renda para as indústrias petroquímicas.
Concluo esse artigo indicando que você assista essa série documental e veja o grau de importância desse conteúdo. Todos os episódios abordados são de interesse público e apresentam dados e informações pertinentes e que deveriam chegar a público.
Sobre a Netflix
Fundada em 1997, em Los Gatos, Califórnia, Estados Unidos, a Netflix, uma das maiores empresas provedoras de serviços streaming (séries, filmes, documentários e programas de TV) do mundo, surgiu como uma locadora de filmes e no ano seguinte passou a entregar DVDs pelos correios. Atualmente a provedora possui cerca de 160 milhões de assinantes espalhados pelo mundo.
O atual modelo de negócio, distribuição de serviços streaming em multiplataformas (TVs conectadas, smartphones, tablets e videogames), surgiu em 2007 e, a partir de 2013, passou a produzir conteúdos próprios.
No mercado brasileiro a Netflix atua desde 2011, quando anunciou contratos de licença com empresas do segmento audiovisual como a Paramount Pictures, Sony Pictures Television, TV Bandeirantes, ABC Television, CBS Television, Dorimedia, MGM, Lionsgate, Summit, Miramax, Relativity, BBC Worldwide, Televisa, Telemundo, TV Azteca, Caracol, Telefe e Disney.
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